“Seu” Freitas. O último lambe-lambe
Quem vai ao centro de Porto Alegre por turismo tem algumas obrigações na visita. O Mercado Público, Theatro São Pedro, Catedral Metropolitana e tantas outras atrações da arquitetura e cultura gaúcha. Mas quem quiser voltar um pouco no tempo, e ainda bater um papo super divertido, pode encontrar bons momentos, além de levar uma preciosidade para casa. Talvez a oportunidade única no Brasil, pode procurar o “seu” Freitas. O último lambe-lambe, conforme ele se intitula.
Foi em uma manhã quente de sábado que encontrei o “seu” Freitas, ao lado do Chalé da Praça XV, no centro de Porto Alegre. Estava recém chegando ao “estúdio”, quando eu o convidei para ser retratado como o personagem de rua do trabalho de fotojormalismo. Talvez um dos melhores, afinal o seu Freitas está na rua há 35 anos. Seja cortando papel fotográfico, ou lavando negativos, primeiros trabalhos que fazia com o seu pai, também lambe-lambe em Porto Alegre, o seu Freitas admite que já fotografou com uma máquina digital, mas não gostou. Para ele, a foto daquele jeito não tem glamour. É de se compreender, alguém que trabalhou a vida com uma máquina feita em madeira, que é de onde ele retira seus retratos.
Freitas contou que é gremista doente. Mora em Porto Alegre e trabalha somente aos finais de semana. Segundo ele, é quando as pessoas param para tirar fotos. Surpreende que seus maiores clientes são jovens, que não perdem tempo em levar para casa uma foto revelada ali mesmo, debaixo da câmera do seu Freitas.
Freitas começou com o pai e herdou o lema de que “foto boa faz o cliente voltar”. Conta que aprendeu na marra, e com uns “cascudos” para não esquecer. Conta também que hoje está bastante difícil a sua profissão. Não pela falta de clientes, mas na dificuldade de encontrar material para seu trabalho. O papel, por exemplo, vem da República Tcheca.
Combinei com o seu Freitas que entregaria as fotos para ele. Ele ficou feliz. Disse que pelo que eu havia clicado, já tinha um “documentário” que ninguém havia feito ainda. Voltarei no próximo final de semana ao Chalé para entregar as fotos a ele. Afinal, é uma simples homenagem para quem garante ter fotografado mais de 10.000 pessoas.
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Escadas
Creio que essa foi uma das pautas mais interessantes e inesperadas que pensei em fotografar. A premissa fundamental para o trabalho era de que não deveria chegar próximo de nada que eu houvesse visto. Prédios, casas e janelas estavam fora desde o início do trabalho. Sabia que a busca das linhas seria inevitável, mas também gostaria de usá-las com precaução para não tornar o trabalho monótono e sem ritmo.
Em uma caminhada pela Casa Força e Luz – Érico Veríssimo no centro de Porto Alegre, após quase desistir da pauta e ir fotografar rostos, sentei nas escadas ao lado de um elevador e fiz um teste. A intenção era buscar as linhas, e acabei enxergando outra coisa. As linhas da escada formou um efeito de movimento que era exatamente o que buscava. Ritmo. Um quase degradê. Levantei e observei que a escada refletia perfeitamente em uma parede de mármore e também possuía formas belíssimas. Cliquei e decidi. O trabalho seriam as escadas.
Segundo a wikipedia, uma escada é uma construção constituída por uma série de degraus, que se vencem andando, destinadas a ligar locais com diferenças de nível. É uma daquelas palavras que serve como ponte. Ela liga algo. Ela pode ser, ou, eliminar os obstáculos. São fundamentais para a vida, talvez empatando com a roda, sua irmã oval.
Dessa forma enquadrei a escada como elemento necessário e emblemático. Por exemplo, quando as coloco ao lado das torres de uma igreja e elas tornam-se maiores que as próprias em um imenso céu azul, ou quando ela fica em uma galeria de arte, competindo com outras obras de arte.
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O que alimenta o homem?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer
“Titãs”
Expressões do tipo: “você é o que você come” servem para mostrar como a comida influencia na personalidade das pessoas. O ensaio abaixo tem como intenção apresentar as barreiras que a comida representa.
A salada e o café abaixo são a representação de uma sociedade onde alguns se alimentam de cores, cheiros, misturas e sabores e aqueles que engolem um pão acompanhado de café misturado com álcool e tabaco para aguentar por um período, uma manhã ou até a próxima oportunidade de comer algo.
Fiquei satisfeito com esse trabalho. Além de poder unir duas técnicas de fotografia e enfoques diferentes para cada um dos ensaios, acho que consegui expressar uma das minhas angústias, a desigualdade.
Trabalho primordial. Parabéns.
Te respeitei, Gio!
Muito bons os teus trabalhos!!
Vou linkar lá no meu espaço.
Sou tua fã!
É bom esse fotógrafo!!! oi amiguinho! Passando para perstigiar seu blog!!! beijos!!
É com imensa alegria que venho, através desta, manifestar este sentimento de estupefação, referente a obra do amigo e companheiro de longa data, o nosso querido Giovanni Rocha, que quando criança, brincava de fotográfo, com uma câmera velha herdada de seu tio mais moço, já na época, Giovanni, ainda menino, dizia:
– “Vou fotografar o mundo”.
Exalto agora, meus cumprimentos ao amigo e digo:
– Etupefação “SIM”, pois agora o que um dia foi uma brincadeira de criança, hoje se traduz em puro talento!!!Tenho dito.
ass.:Mauro Brasil
É com imensa alegria que venho, através desta, manifestar este sentimento de estupefação, referente a obra do amigo e companheiro de longa data, o nosso querido Giovanni Rocha, que quando criança, brincava de fotográfo, com uma câmera velha herdada de seu tio mais moço, já na época, Giovanni, ainda menino, dizia:
– “Vou fotografar o mundo”.
Exalto agora, meus cumprimentos amigo e digo:
– Etupefação “SIM”, pois agora o que um dia foi uma brincadeira de criança, hoje se traduz em puro talento!!!Tenho dito.
ass.:Mauro Brasil
Bah, belas – BELAS – fotos.
Parabens muito bom, mais um concorrente no mercado.
[…] Galeria […]
eu adoro,e sempre assisto a globo queria que mandassem um beijo para mim no video show meu nome é gleyce ferreira de oliveira e um abraço pro meu vô marciano e também pra minha familia. um beijo para todo mundo que está aí.tchau!
Sem muito o que expressar. Apenas fico a admirar um pouco da obra de um iminente gigante do fotojornalismo.
Votos de continua inspiração!
Forte abraço.